A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que é uma pequena glândula localizada na região central do cérebro, no meio dos dois hemisférios cerebrais. A melatonina age sobretudo no próprio cérebro, sendo responsável pelo controle dos ciclos de sono e vigília. Sua produção diminui consideravelmente com a idade. Isso, juntamente com os muitos benefícios que nos traz, impulsionou significativamente o seu consumo durante os últimos anos.
A luz é inibidora da síntese de melatonina, pelo que a sua produção é realizada durante a noite. Faz parte de vários processos celulares, neurofisiológicos e neuroendócrinos que têm lugar no nosso corpo, influenciando fortemente no nosso sistema imunológico.
Melatonina é sintetizada endogenamente por diferentes tecidos, porém, em humanos, esta síntese se altera ao longo da vida e sua ingestão através de fontes dietéticas pode recompensar parcialmente o declínio que ocorre após a puberdade. Entretanto, para pessoas mais maduras, essa suplementação deve ser maior.
A pele humana e suas células expressam todas as etapas da síntese de melatonina, incluindo as enzimas limitantes TPH1, AANAT, e HIOMT, além disso, a pele também possui os receptores melatoninérgicos, como MT1 e MT2.
Benefícios Cutâneos da Melatonina
- Sob condições de estresse oxidativo, a melatonina e seus metabólitos agem como antioxidantes locais, atenuando o dano mitocondrial. Além disso, é capaz de induzir a produção de outros antioxidantes, podendo ser considerada uma substância anti-aging;
- Evidências sugerem que a melatonina seja capaz de modular a expressão de genes envolvidos nas etapas de reparo do DNA;
- Estudos clínicos indicam que a melatonina é capaz de prevenir o dano solar somente quanto é administrada antes da exposição à radiação UV, estando previamente presente, portanto, em altas concentrações, no local exposto. Ryoo et al., reportaram que somente 56% dos fibroblastos sobreviveram após exposição à UV (140 mJ/cm2), enquanto que as células pré-incubadas com melatonina 1nM revelou uma taxa de sobrevivência de 92,5%, redução da peroxidação lipídica e morte celular.
O Precursor de Melatonina
Embora haja diferentes fontes de melatonina para a pele e condições químicas favoráveis para a permeação cutânea, apenas 0,1% do meio extracelular fica biodisponível para o meio intracelular, onde a melatonina exerce sua ação. Por esse motivo, é necessário associar precursores endógenos de melatonina para maior eficácia dos tratamentos dermatológicos.
Dentro deste conceito, já existe um componente ativo. Esse extrato é muito utilizado para o tratamento da insônia, para ação relaxante e calmante.
- Em teste in vitro, aumentou em 38% a biossíntese de melatonina no meio intracelular em fibroblastos propositalmente glicados;
- Em teste ex vivo, mostrou atividade citoprotetora sobre as células do endotélio que é refletida pela preservação do plexo vascular da pele.
Avaliação Clínica
Um grupo de mulheres aplicou o extrato padronizado pela manhã e o extrato padronizado à noite durante 60 dias.
Os pesquisadores avaliaram a evolução dos principais sintomas da pele fadigada: intensidade de cor das olheiras, intensidade do formato das bolsas perioculares, profundidade das linhas de expressão e opacidade cutânea.
Após 2 meses de tratamento os resultados foram:
- Redução de 27% da aparência opaca;
- Redução de 51% das linhas de expressão;
- Redução de 40% das olheiras;
- Redução de 37% das bolsas perioculares.
Esse artigo é exclusivo para profissionais da saúde!
Se você não é profissional da saúde Consulte um Dermatologista!
Fonte: ICosmetologia