Nas últimas décadas, a indústria cosmética passou por um processo de constante evolução que culminou em um salto tecnológico muito semelhante aos avanços digitais conquistados no mesmo período. Quem acompanhou de perto essas mudanças sabe que, da era do telefone à do smartphone, a ciência também nos presenteou com inovações cosméticas como a bionanotecnologia, os ativos biomiméticos, os probióticos tópicos, cosméticos sem adição de água e as bases biocompatíveis. Toda essa evolução, além de um maior de eficácia, acrescenta ao tratamento da pele e de suas alterações mais segurança e resultados mais rápidos, muitas vezes com menor grau de irritação e mantendo resguardada a função protetora da pele.
Obviamente, muitas dessas tecnologias acompanharam também as mudanças observadas no mundo. O aumento da poluição, fenômenos climáticos, a alta incidência da radiação no planeta, além de hábitos cada vez mais arraigados, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo, alcoolismo, enfim, todas essas alterações ambientais e culturais fizeram surgir ativos e produtos dermocosméticos epigenéticos – que tentam reverter os danos ambientais e de hábitos que aceleram o envelhecimento da pele.
Hoje, é comum observar ingredientes ativos com ação antipoluição, antioxidante (combate os radicais livres), antiglicante (impede a ligação do açúcar com as proteínas de colágeno), deglicante (desliga essas ligações) e até antigravidade (em fórmulas que agem para conferir firmeza contra a ação gravitacional que tende a deixar a pele flácida). Mas podemos assegurar que todas essas evoluções são consequência da principal delas: a bionanotecnologia. Ou seja, através da vetorização dos ingredientes, é possível fazer com que esses princípios ativos atinjam realmente o local desejado. Antigamente as formulações dificilmente passavam da epiderme e do estrato córneo. Hoje, já temos ciência – por fruto de pesquisa, estudo e microscopia eletrônica – que aqueles ativos que devem agir, por exemplo, na junção dermoepidérmica (produzindo colágeno 7, que tem função de ancoragem e sustentação mantendo a firmeza) são eficientes, já que há estímulo na área tratada.
Nanobiotecnologia
A nanobiotecnologia está relacionada às estruturas, prioridades e processos envolvendo materiais com dimensões em escala manométrica. Essas partículas são extensivamente investigadas por promoverem muitas vantagens em relação às formulações tradicionais. Aplicada à cosmética refere-se à utilização de pequenas partículas contendo princípios ativos que são capazes de penetrar nas camadas mais profundas da pele, potencializando os efeitos dos produtos.
Dessa forma, a nanobiotecnologia cosmética tem como foco, sobretudo, os produtos destinados à aplicação na pele do rosto e do corpo, com ação antienvelhecimento, clareadora, tonificante e redutora de gordura e celulite, com ativos capazes de penetrar nas camadas mais profundas da pele, potencializando os efeitos do produto. Uma formulação cosmética que veicula ativos ou outros ingredientes nanoestruturados apresenta propriedades superiores quanto a sua performance em comparação com produtos convencionais.
As vantagens do uso da nanobiotecnologia na produção de nanocosméticos e formulações dermatológicas advêm da proteção dos ingredientes quanto à degradação química enzimática, do controle de sua liberação, principalmente no caso de irritantes em altas doses, e o do prolongamento do tempo de residência dos ativos cosméticos ou fármaco na camada córnea. Também por meio desse tipo de tecnologia, é possível o efeito long-lasting de liberação prolongada de um ativo, o que confere eficácia em uma série de tratamentos, principalmente rejuvenescedores. De forma geral, as vantagens das nanoemulsões estão relacionadas à penetração na pele já que, devido as suas dimensões reduzidas, as nanoemulsões podem entrar na superfície da pele, melhorando a penetração de ingredientes ativos.
Alguns ativos que já tinham sua eficácia comprovada estabeleceram-se como referência a partir do momento em que foram estabilizados em partículas menores, como DMAE nanoencapsulado, o nanovetor de vitamina C, o óleo de rosa mosqueta encapsulado, entre outros.
Cosméticos Biomiméticos
O nome biomimético foi inventado por Otto Schmitt, por volta da década de 50. Área que estuda os princípios criativos e estratégias da natureza, visando a criação de soluções para os problemas atuais da humanidade, unido funcionalidade, estética e sustentabilidade. Em cosmetologia, estudos têm mostrado que a utilização de fórmulas biomimética, como por exemplo, minimiza a irritação e aumenta efetivamente a hidratação da pele. Nos produtos, a indústria pode utilizar peptídeos biomiméticos a fim de desempenharem funções semelhantes às do organismo.
Dois exemplos clássicos de ativos biomiméticos são alguns peptídeos e os Fatores de Crescimento. Os peptídeos encontram-se na forma mais concentrada que os Fatores de Crescimento, mas tanto um quanto outro podem ser descritos como citosinas produzidas por células do tecido, sendo responsáveis pelo processo de “comunicação celular”, que permite aos tecidos desempenharem a sua função.
Com o processo do envelhecimento e por decorrência de algumas doenças, a produção de peptídeos e Fatores de Crescimento é diminuída e, com ela, a fisiologia do tecido fica comprometida.
Os peptídeos biomiméticos são estruturalmente idênticos aos presentes na pele e atuam sobre os mecanismos fisiológicos com alta especificidade, em concentrações muito baixas e com excelente grau de segurança. Além disso, apresentam baixo risco de sensibilização, têm excelente penetração na pele e com ações biológicas definidas. Atuam diretamente no tecido da pele através de receptores.
Probióticos
Um novo salto de qualidade no ramo de cosméticos foi dado a partir do momento em que vários estudos elucidaram o papel benefício da microbiota da pele, ou seja, das “bactérias do bem”. A microbiota cutânea controla a colonização de organismos potencialmente patogênicos, modula a resposta imune, função barreira da pele e é parte integrante da saúde da pele. Estudos indicam que alterações na microflora da pele desempenham um papel significativo em condições como dermatite atópica, psoríase, acne e câncer de pele. Mas afinal, quando falamos em ativos probióticos, esse é um campo realmente promissor ou é apenas uma ferramenta de marketing? O significado real da palavra probiótico pode ser entendido assim: “Pro” significa “para” e “Biotic” significa “Vida”. Logo, estamos falando de algo que beneficia a vida, para a vida da pele.
Os probióticos são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Esses organismos vivos encontrados em queijos, iogurtes ou em cápsulas vendidas em farmácia contribuem para o fortalecimento do sistema imune, regula o intestino e melhora a absorção de nutrientes.
Após a fama dos probióticos para o bom funcionamento do organismo, as chamadas bactérias do bem migram para os potes e bisnagas de creme e são indicadas para tratamentos de acne, rosácea e dermatite (pele sensível). As bactérias e fungos “do bem” que habitam nossa pele são uma tropa de choque que formam a primeira barreira de defesa. Eles precisam, porém, estar em equilíbrio para cumprir de forma mais efetiva esse papel.
Os microrganismos lisados são fragmentos de bactérias ou fungos, que mesmo não sendo capazes de reabitar a superfície da pele, transportam consigo moléculas que podem ser benéficas. Um exemplo é o extrato de Saccharomyces cereviseae, que está assumindo um papel de destaque entre as matérias primas biotecnológicas, pois é rico em aminoácidos, proteínas e polissacarídeos com propriedades hidratantes, que podem apresentar efeitos de cura de feridas e na renovação celular. Para a pele, o ativo Kopyeast é o extrato lisado de Saccharomyces cereviseae. Ele hidrata a pele através do aumento da captação de umidade; estimula fibroblastos, a síntese de colágeno, fibras de elastina bem como ácido hialurônico. Estudos demonstram sua eficácia na prevenção do fotoenvelhecimento, devido suas atividades antioxidantes e imunomodulatórias, e eficácia significativa na cicatrização de feridas.
Ativos “Like effect”
Para auxiliar em tratamentos cosméticos, diminuir a irritação de alguns ativos que são referência (mas potencialmente irritantes para a pele) ou simular alguma ação natural do organismo ou medicamentosa, uma categoria de ativos com maior segurança foi criada. Os ativos “like” têm ação muito similar ao parâmetro e geralmente têm origem vegetal, sendo muito bem aceitos pela pele.
Cosméticos sem adição de água
Pesquisa divulgada recentemente pela Mintel, referência mundial em inteligência de mercado, apontou a redução do uso de água na fabricação de produtos como sendo umas das quatro principais tendências de beleza que impactarão o mercado global até o ano de 2025.
Segundo a publicação, levando em consideração as taxas atuais de consumo, a World Wildlife Fund estima que em dez anos, dois terços da população mundial pode estar próximo da escassez de água, que estará muito perto de se tornar um recurso protegido. O relatório sugere que, onde a água era um elemento essencial, a ideia é que as novas formulações necessitem de pouca ou nenhuma porcentagem de água, e tão eficientes quanto, ou mais.
Mas aqui, no Brasil, quando se fala na produção de cosméticos, onde mesmo os que o mercado classifica como concentrados podem levar até 80% de água em sua composição, essa alternativa de substituição da água já é uma realidade viável para algumas empresas, que apresentam séruns de tratamentos faciais e corporais, altamente concentrados, com até 99% de ativos na composição, sem adição de água.
A eficácia de um cosmético está diretamente ligada à concentração de seus ativos e à capacidade de carreação de sua base, que reúne o conjunto de ingredientes que vão dar corpo ao produto, entre eles os ativos. A base é uma das responsáveis por melhorar a penetração desses ativos na pele e dentre as matérias primas que a compõem, a água é responsável por auxiliar nas características de sua estrutura, seja ela gel, creme, emulsão ou sérum. Trocar a água dessa formulação por um substituto exige muito estudo e experiência no desenvolvimento de cosméticos, pois em primeiro lugar, a nova substância deve assumir o papel de veículo, até então desempenhado pela presença da água, como num produto de base sérum, por exemplo.
A Indústria de Cosméticos Adélia Mendonça se compromete a uma busca constante pela eficácia e pela excelência de seus produtos e tratamentos, para oferecer resultados e satisfação aos nossos clientes. A marca traçou sua trajetória e consolidou-se no mercado brasileiro por oferecer produtos diferenciados, com percentuais elevados em concentrações de ativos, matérias-primas especializadas com tecnologia de ponta, que resultam em tratamentos insuperáveis em todas as afecções cutâneas faciais e sua manutenção de beleza.
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