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O uso do petrolato e de outros derivados de petróleo na pele e cabelos

O Petrolatum ou Petroleum Jelly, popularmente conhecido no Brasil como vaselina (e atualmente também chamado de petrolato por um grupo específico de consumidores), é um derivado de petróleo com propriedades hidratantes e cicatrizantes.

É obtido a partir de uma série de purificações do petróleo bruto, da mesma forma que são obtidos outros derivados do petróleo como a parafina sólida ou cera mineral, a parafina líquida ou óleo mineral, a cera microcristalina, a ozoquerita, as isoparafinas, o isododecano e outras parafinas (hidrocarbonetos em geral).

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A composição do Petrolatum é bastante complexa e difícil de determinar com precisão, como acontece com todo produto de origem natural, mas sabe-se que é composto por moléculas com peso molecular entre 450 e 1000 Da. Sabe-se também que se trata de uma mistura de hidrocarbonetos presentes tanto no óleo mineral como na cera mineral, embora não possa ser simplesmente obtido em laboratório pela combinação de cera e óleo minerais. Desta forma, o Petrolatum contém outras substâncias específicas (outros hidrocarbonetos), em quantidades peculiares, que lhe conferem propriedades bastante distintas das outras parafinas.

Na verdade, o Petrolatum foi patenteado para uso cosmético pela primeira vez em 1872 e é provavelmente uma das substâncias mas conhecidas e largamente utilizada no mercado dos cosméticos por possuir propriedades emolientes, lubrificantes e principalmente por ser um ingrediente extremamente barato. Ele está presente, principalmente, em produtos para o cabelo, hidratantes corporais/faciais e não raro, em sombras, batons, blushes e bases. Mas isso não o torna um produto eficaz ou benéfico para sua aplicação, necessariamente.

Apesar de ainda ser utilizado em larga escala, o Petrolatum traz inúmeros malefícios para o nosso corpo e principalmente para a nossa pele. Para começar, ele não possui qualquer valor nutritivo, não é absorvido pela pele e também não promove hidratação de fato: apenas lubrifica a derme superficialmente, provocando um tamponamento contínuo na pele.

Podem interferir com os mecanismos naturais de hidratação, retirando-lhe capacidade de “respirar”, acelerando o processo de envelhecimento da pele ao encorajar a geração de radicais livres. Na União Europeia o uso de Petrolatum é muito restritivo.

Os petrolatos apresentam mais inúmeras desvantagens, a sua textura e o sensorial podem ser um tanto desagradáveis para aplicação direta sobre a pele ou cabelos, de modo que muitas formulações emulsionadas foram desenvolvidas ao longo das décadas. Essas emulsões contém água e tensoativos, entre outros ingredientes, os quais reduzem o sensorial oleoso proporcionado pelo Petrolatum e também facilitam a sua remoção na hora da lavagem. Outra inconveniência é que uma parcela da população tende a ter alergia de contato aos petrolatos. Por isso, é preciso conhecer bem a si mesmo e saber ao que você é alérgico!

Como todo derivado de petróleo, o uso do Petrolatum tem um impacto ambiental considerável! Se você se preocupa com o meio ambiente e quer manter um planeta saudável para as próximas gerações, talvez seja melhor dar preferência a ingredientes que sejam mais facilmente renováveis, como os óleos e manteigas vegetais, especialmente aqueles com certificação orgânica e livres de Greenwash! Esta sim é uma boa razão para dizer não aos petrolatos…

Fonte: Cosmética em Foco

 

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