Maior órgão do corpo, a pele naturalmente se ressente de tratamentos mais agressivos, como os quimioterápicos e radioterápicos, podendo se tornar mais sensível, ressecada e apresentar alergias.
Essas manifestações podem ser atenuadas com a adoção de medidas de produtos específicos.
Médicos e profissionais de estética podem contribuir para tornar esse período menos desconfortável. “É preciso evitar que os efeitos colaterais dos tratamentos se agravem e influenciem negativamente o bem-estar e a autoestima da paciente,” assinala a esteticista e fisioterapeuta Vânia Lima.
Tranquilizar a mulher, lembrando que a queda dos cabelos, sombrancelhas e cílios é passageira e que o organismo se recupera depois, é essencial para que ela se sinta mais confiante. “Ela deve saber que ficará mais vulnerável aos raios solares e que vermelhidão, prurido, descamação e manchas poderão surgir, assim como acne e diversas patologias de pele, devido à baixa da imunidade. As unhas podem se tornar escuras, amareladas, quebradiças e muito frágeis, exigindo atenção ao cortá-las,” explica a esteticista.
O couro cabeludo também fica mais sensível, por isso, são recomendados produtos suaves, de preferência orgânicos, sempre sob indicação médica. “Tratamentos com LED e massagem estimulante com extrato de jaborandi são bastante eficientes. Lenços e turbantes tornam-se grandes aliados. Sites específicos ensinam diferentes maneiras de amarrá-los, assim como recursos de maquiagem para disfarçar a falta de sobrancelhas. São pequenos detalhes, mas que podem fazer muita diferença para o bem-estar da paciente,” assinala a especialista, que observa: “Os cabelos começam a nascer geralmente de um a três meses após o início da terapia de manutenção ou o fim da quimioterapia intensiva.”
Reforço na hidratação é medida básica
Os efeitos colaterais variam de uma pessoa para outra, assim como sua intensidade e duração.
A quimioterapia pode causar descamações na pele em diferentes regiões, especialmente entre os dedos, ressecamento, coceira, sensibilidade à luz e ao sol e reações alérgicas em todo o corpo.
Na radioterapia a pele da área em tratamento pode ficar escurecida, queimada. Também é comum um tipo de dermatite denominada radiodermite, irritação que se manifesta por meio de coceira, vermelhidão e descamação local.
“Uma das piores consequências dos tratamentos é a desidratação da pele, que leva às demais reações em boa parte dos casos. Quando desidratada, ela se torna irritada e ainda mais sensível à radiação. A proteção solar também é imprescindível. O sol não fica proibido, mas é preciso usar filtro solar e evitar a exposição em horários de maior incidência dos raios solares,” recomenda a dermatologista Juliana Jordão.
Enquanto a pele não volta à normalidade, a exposição solar com fins de bronzeamento fica proibida. “Quem faz atividade ao ar livre deve se proteger com filtro solar com FPS acima de 30, reaplicá-lo a cada duas horas e não se esquecer de associar a proteção física, usando chapéu, por exemplo,” alerta a dermatologista Tatiana Jerez.
Outras medidas podem ser tomadas para amenizar os sintomas, sempre prescritas pelo médico, como hidratantes para proteger e recuperar a pele da descamação e cremes cicatrizantes à base de pantenol, como explica a especialista: “Também pode ser indicado o óleo de girassol para tratamento de feridas e cremes à base de corticoide para controle de irritações localizadas, especialmente nas radiodermites. Durante a quimioterapia não são indicados medicamentos via oral. A exceção é nos casos de coceira, quando são recomendados comprimidos antialérgicos para controle.”
Escolha do sabonete merece atenção
Medidas simples, a serem adotadas no dia a dia, são importantes auxiliares. Esqueça os banhos quentes e demorados, uma vez que a pele já está ressecada e sensível demais – prefira água morna e banhos rápidos. O tipo de sabonete também pode acentuar a desidratação: eles devem ser neutros ou hidratantes.
Os primeiros cinco minutos após o banho são os melhores para hidratação porque a pele está mais permeável, absorvendo melhor o produto, o que potencializa os efeitos dos ativos. “Devido à sua maior sensibilidade e fragilidade, recomendo um hidratante com ceramidas e D-pantenol, indicado também para casos de ressecamento mais intenso, e evitar a ureia, que pode gerar irritação e coceira,” orienta a dermatologista Tatiana Jerez.
A hidratação também pode ser realizada por meio de óleos de uma forma geral, especialmente os de girassol e de rosa-mosqueta que são ricos em vitamina E, Alantoína, tricossomas de vitamina A e E e aveia coloidal. “Em locais onde há fissuras, pomadas hidratantes ou cicatrizantes são muito importantes,” diz a Dra. Juliana Jordão.
Pele desidratada é suscetível a ferimentos porque fica mais fina, o que exige cuidado em relação a traumas e possíveis feridas que podem se tornar uma porta de entrada para infecções. Durante o tratamento, a imunidade se reduz, exigindo atenção. “A cutícula não deve ser removida, para evitar cortes, mas apenas empurrada com delicadeza,” ensina.
Roupas de algodão são as mais indicadas
Ativos como alfabisabolol, nicotinamida e arnica são os mais indicados para amenizar a vermelhidão causada pela radioterapia, pois acalmam a pele, mas devem ser prescritos pelo dermatologista.
Em geral, o perfume costuma ser naturalmente eliminado devido aos enjoos causados pelas medicações. No entanto, como essa sensação não é contínua, pode ser usado ocasionalmente, desde que as áreas sensibilizadas ou machucadas sejam protegidas.
Outra questão importante é a escolha das roupas, preferencialmente de algodão, pois materiais sintéticos podem causar irritação. Durante o tratamento, quem sofre com a acne pode ter uma melhora nas lesões, mas elas também podem evoluir. Nesse caso, o dermatologista pode recomendar pomada tópica de antibiótico.
Procedimentos estéticos agressivos precisam ser evitados e o uso de qualquer produto deve ser autorizado pelo oncologista ou dermatologista. A avaliação é sempre individual.
“O aspecto opaco da pele melhora com o uso cosméticos adequados, mas sempre lembrando que ela está mais frágil e sensível,” esclarece a dermatologista Juliana Jordão.
É preciso ter em mente que esse período de dificuldades vai passar e que, aos poucos, o corpo se recupera. Com todos os recursos disponíveis, a pele certamente terá de volta o seu brilho natural. Nesses momentos, o tempo é o seu melhor aliado!
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