Faltam pouco mais de dois meses para a chegada oficial do verão, mas o calor já nos convida a cair na água. E você sabe como se proteger dos raios solares? Será que conhece tudo realmente sobre filtros solares, proteção UVA e UVB? Já ouviu falar que seu protetor solar pode ser físico, químico ou misto?
O uso e o cuidado na escolha do filtro solar deve obedecer a alguns critérios. Todos os profissionais de beleza e dermatologistas ressaltam a importância da proteção mesmo em dias nublados e chuvosos ou mesmo, quando estamos em casa. Considerado por muitas pessoas como mais um produto de beleza, sem muita preocupação com o laboratório, composição e testes, o produto usado nem sempre tem a proteção necessária e formulação adequada para garantir a proteção eficaz contra os raios solares.
Para esclarecer de vez todas as dúvidas e para que não caia em algumas armadilhas, a pesquisadora e farmacêutica responsável pela linha, Joielle Mendonça, produziu o texto abaixo, sobre filtros solares. Este artigo irá inaugurar a coluna mensal de Joielle no blog, onde a especialista irá esclarecer de forma didática, assuntos relativos à composição e ativos que você não pode deixar de conhecer, para entender o que faz um produto de beleza produzir resultados efetivos em sua pele.
O que diferencia um filtro solar físico de um químico? Geralmente, as marcas de mercado trabalham com um misto de filtros químicos/físicos em sua formulação. Os filtros químicos são aqueles que absorvem a radiação do ambiente, mudam sua molécula e, depois, devolvem a radiação, em um comprimento de onda diferente ao mesmo ambiente. Trocando em miúdos, é como se o filtro químico absorvesse a radiação danosa e a devolvesse para o ambiente de forma não danosa. Porém, para isso acontecer, o filtro solar deve ser fotoestável, ou seja, sua molécula não pode ser danificada no ato dessa absorção. Somente assim, ele desempenha sua função com eficácia e, na Adelia Mendonça, temos essa preocupação, a de trabalhar com filtros químicos extremamente fotoestáveis.
Os filtros físicos, ao contrário dos químicos, não absorvem a radiação. Eles apenas funcionam como um escudo protetor, impedindo que os raios solares “toquem” a superfície da pele. Ou seja, funciona como um espelho, refletindo as tais radiações danosas. Para adultos e pessoas não alérgicas a filtros solares, a ação mista é ideal, pois promove um grau diferenciado de proteção, por mecanismos distintos. Quando já falamos em bebês, crianças e alérgicos a filtros químicos, a história é outra: a pele não “reconhece” o filtro solar como algo benéfico e pode desencadear erupções cutâneas ou outros tipos de reações, pois o sistema imunológico identifica a molécula como um invasor. Como o filtro solar físico não “interage” nesse meio (pois não absorve a radiação em contato com a pele, apenas a reflete), ele é a opção mais segura e eficaz para estes casos.
Devemos considerar que filtros físicos trabalham com superfícies espelhadas de reflexão, ou seja, não podem ser transparentes! Eles têm um efeito esbranquiçado, que é fundamental para garantir um bom nível de dispersão da luz que incide sobre a pele. Então, é normal ser um filtro mais leitoso e um pouco mais viscoso ao que estamos acostumados. No entanto, avanços tecnológicos permitem compor um filtro físico que não seja tão esbranquiçado como antigamente. O Stop Sun Kids, que é um filtro físico destinado ao uso infantil ou peles sensíveis, possui um combinado de dióxido de titânio atomizado e óxido de zinco micronizado, cuja composição, diminui o efeito esbranquiçado, ao passo que melhora a espalhabilidade do produto, além de possuir moléculas diminutas, o que garante um bom efeito da rede de reflexão. Estes são diferenciais Adelia Mendonça, somados ainda aos princípios ativos já citados, que compõe essa formulação.
E quando falamos em proteção UVA, UVB, o que isso significa? O UVA é a principal fração relacionada ao envelhecimento da pele, é constante ao longo do dia e do ano (independe da estação do ano e de condições climáticas do ambiente) e não causa queimaduras, e sim, bronzeamento. Age da epiderme até a derme e, hoje, sabemos que ele tem relação com o câncer de pele. Não há uma metodologia padronizada pela Anvisa para sinalizar a proteção UVA, mas seguindo critérios dos melhores compêndios oficiais do mundo, a Adelia Mendonça classifica seus produtos por meio do método PPD, que atesta o produto em +, ++ ou +++, conforme o nível de proteção UVA.
E o FPS? Quando falamos em fator de proteção solar ou FPS, nos referimos exclusivamente à fotoproteção contra a radiação UVB. Esta causa queimaduras e tem relação com o câncer de pele e maior intensidade no verão, no horário das 10h às 15h. Porém, se engana quem acha que usando um filtro solar FPS 100 está muito mais protegido que um filtro solar FPS 30! Ao passo que o FPS 30 tem uma absorção média de 94,5% das radiações UVB, um filtro solar alcance um % médio de 96,7%. Não é uma condição tão favorável, quando avaliamos a química extremamente aumentada nesses produtos, seu alto custo e também, o risco de alergias. Então você, consumidor fique atento… mais vale reaplicar o filtro solar duas vezes ao dia, e volume (quantidade) correta, do que fazer valer FPS tão altos.
Temos ainda outro ponto… a metodologia de leitura para FPS tem um valor mensurável, in vivo e in vitro, até o FPS 60. Acima desse valor, a obtenção de resultados considera uma extrapolação dos valores obtidos in vivo. Ou seja, além de NÃO EXISTIR filtros solares com 100% de absorção de radiação UVB, você se submete a uma química muito maior e, ainda, que não promove significativas considerações a sua pele. Há uma grande tendência à proibição de filtros solares acima de FPS 60 (fator já especulado pelo FDA – Food and Drug Administration, a agência de saúde americana) e que, se aprovado, com certeza será considerado por todas as agencias de saúde do mundo.
Quanto à radiação UVC, ela é filtrada pela camada de ozônio e não é recebida pela nossa pele, assim, não é necessário (e não existem) filtros solares com esse tipo de proteção. Fique atenta!
É importante ressaltar que os filtros solares, para terem a ação reflexiva ou de absorção, devem se manter externos, aderidos à camada superficial da pele. Existem muitas marcas cujo filtro solar passa a ser absorvido pelos tecidos (que visualizamos facilmente no analisador de pele), tornando o produto apenas hidratante, perdendo a fração fotoprotetora. Assim é importante usar um filtro solar de boa procedência. O teste em aproximadamente uma hora após a aplicação, por meio de analisador de pele ou lâmpada de Wood, confirmam a ação fotoprotetora. Todos os filtros solares da Adelia Mendonça têm essa aderência cientificamente comprovada.